domingo, 16 de janeiro de 2011


" Em alguma outra vida, devemos ter feito algo de muito grave, para sentirmos tanta saudade..."
Miguel Falabella
Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça naquina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é a saudade. Saudade de um irmão que mora longe. Saudadede uma cachoeira da infância.Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Doem essas saudades todas.Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.Saudade é basicamente não saber. .Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio. Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia. Não saber se ela ainda usa aquela saia. Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada, se ele tem assistido as aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua preferindo Malzebier, se ela continua preferindo suco, se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados, se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor, se ele continua cantando tão bem, se ela continua detestando o MC Donald's, se ele continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias.Saudade é não saber mesmo! Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigospor isso... É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você, provavelmente,está sentindo agora depois que acabou de ler...
Miguel Falabella

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011




Seria tão diferente
se os sonhos que a gente gosta não terminassem tão de repente...

Seria tão diferente
se os bons momentos da vida, durassem eternamente...

Seria tão diferente
se a gente que a gente gosta, gostasse um pouco da gente...

Seria tão diferente
se quando a gente chorasse,
fosse só de contente...

Seria tão diferente,
se a gente que a gente ama,
Sentisse o que a gente sente...

Mas... é tudo tão diferente...!
Os sonhos que a gente gosta
terminam tão de repente...
Os bons momentos da vida, não duram eternamente...
A gente que a gente gosta, nem
sempre gosta da gente...
Das vezes que a gente chora,poucas vezes são de contente...
E a gente que a gente ama, não sente o mesmo que a gente...

Mas... poderia ser tão diferente...!

Dê-se uma chance de ser diferente...!
Tente, ouse, opte pela Felicidade e aí sim
será diferente.

"Feliz aquele que acredita em seus Sonhos,
pois só assim poderá realizar seus
vôos plenamente..."

Mais ou menos


A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos. A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro. A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos... TUDO BEM!O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum... é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos. Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos.

Chico Xavier